Ballet

Quando te encontro, sinto-me ainda aquela menina bailarina, meus pensamentos voam... meu pés nem tocam o chão. Quando te vais sinto que quem voa, é meu coração... que, sozinho sem o teu... quer sair de mim também !

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sonho de uma noite de Verão

Esta é uma história que mistura o sonho com a realidade, o mundo mágico com o mundo dos homens, confundido e brincando com quem a escuta ou lê, mas encantando o coração de todos os que gostam de aventuras.

Começa num grande castelo, no quarto de Hipólita, uma moça nobre que vai se casar com o duque Teseu. Os últimos preparativos estão sendo feitos e as amigas da noiva, Helena e Hermia, ajudam a terminar o vestido das núpcias. Outros amigos cuidam das danças e brincadeiras.

Num determinado momento, após obter a licença de Hipólita, o responsável pelo cofre do palácio chega ao quarto trazendo as jóias do casamento, ele vem acompanhado pelo oficial Demétrio, antigo noivo de helena, que agora procura em vão conquistar o amor de Hermia.

O jardineiro Lizandro é outro que se aproxima trazendo muitas flores lindas para enfeitar o salão. É também por Hermia que ele devota os mais nobres sentimentos de paixão, nos quais tem a sorte de ser correspondido. Às escondidas, Lizandro consegue entregar uma carta a Hermia, marcando um encontro no bosque. Uma pequena clareira enfeitada por um ramo de oliveira marcará o lugar onde devem se encontrar. Helena, cheia de ciúmes por não ser mais a preferida, encontra a carta, guardada pela amiga, e mostra a Demétrio.

Supervisionando o final de arrumação dos jardins e salões, o noivo Teseu faz uma visita à sua noiva, oferecendo-lhe uma rosa de presente e, acreditando não ser observado por ela, tenta conquistar suas amigas com gesto e palavras doces. Hipólita percebe a tentativa do noivo e fica indecisa e angustiada. Começa a pensar muito, o que sente ou não amor pelo futuro marido.

Nesse momento chega ao castelo um grupo de saltimbancos pedindo licença para oferecer de presente a representação de uma peça de teatro durante a festa de casamento. Eles gostariam de aumentar a alegria e o divertimento dos convidados.

No fim do dia, sozinha em seus aposentos, Hipólita encontra a carta de amor de Lizandro para Hermia. Sente ciúmes, percebe suas dúvidas em relação ao noivo e confusa, pensativa, ela adormece e começa a SONHAR.

Não muito distante dali, chega à noite na floresta. Num recanto do bosque das fadas, importantes acontecimentos tem seu lugar. Provada por ciúmes, começa uma briga entre os namorados: Titânia, tainha das fadas, e Oberon. Este, cheio de raiva, entrega ao fiel Puck uma flor mágica: ao ser encostada sobre os olhos de alguém que esteja dormindo, provoca-lhe um grande sentimento de amor pela primeira pessoa que encontra após ter acordado. Com essa flor e esse feitiço, Puck deveria fazer uma brincadeira com Titância, confundindo-a em seus sentimentos

Em algum outro ponto das florestas – ainda no sonho de Hipólita – Lizandro e Hermia estão perdidos após ficarem muito tempo tentando achar o local onde marcaram o encontro. Afinal, muito cansados, acabaram adormecendo em lugares diferentes.

Por causa da escuridão do bosque, Puck se engana e coloca a flor do amor sobre os olhos de Lizandro. Casualmente é Helena quem o acorda e imediatamente ele se apaixona por ela. Helena fica confusa e foge sem entender o que se passa com seu antigo noivo. Ao mesmo tempo Hermia fica confusa e foge sem entender o que se passa com seu antigo noivo. Ao mesmo tempo Hermia desperta e recomeça a procurar seu amado.

Numa grande clareira do bosque, começam os ensaios da peça oferecida para o casamento. Lá chegando Puck se diverte observando toda aquela agitação. Encantando e querendo brincar com os atores, ele transforma a cabeça de uma deles numa cabeça de burro. Assustados, os participantes do grupo fogem, deixando o pobre encantado sozinho e confuso, sem entender o que está acontecendo.

Depois da briga com Oberon, a rainha Titânia com seu cortejo segue bosque adentro para se distrair. Depois, adormece num recanto perto de uma cascata e só então Puck a encontra e coloca a flor do amor nos seus olhos. Acordada por acaso pelo ator com a cabeça de burro, ela se apaixona loucamente por ele.

Oberon, que passeava pela floresta, depara-se com Demétrio, que continuava apaixonado por hermia e infeliz com seu destino. Percebendo o erro de Puck ele ordena que este conserte as coisas. Tentando corrigir suas falhas o confidente brincalhão pega novamente a flor e aplica seu feitiço em Demétrio. Helena, que saíra para o bosque a procura de paz, tropeça no homem adormecido, que acorda e transfere para ela toda a sua paixão.

Reconhecendo a confusão total. Oberon chama Puck e agora o obriga a colocar os amantes em seus devidos lugares para reencontrarem suas paixões verdadeiras. Puck, usando de seus poderes, faz com que todos durmam novamente, coloca os amantes verdadeiros lado a lado e utiliza novamente a força da flor.

Ao acordar, Titânia é libertada do seu amor pelo ator desconhecido e faz as pazes com Oberon. Helena, Lizandro, Hermia e Demétrio acordam e se abraçam com muito amor. O grupo de atores se reencontra, já sem a “cabeça-de-burro” entre eles.

Hipólita, ainda sonhando, recostada no sofá, é acordada carinhosamente por Teseu e o amor renasce entre eles. Depois desse sonho, que parece, não foi só da noiva em dúvida do seu amor, os outros casais, certo da felicidade, pedem licença para se casarem na mesma festa.



*Ballet de dois atos e seis cenas

*Música de Feliz Mendelsohn

*Coreografia de George Balanchine

*História de Willian Shakespeare

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Coppélia

Na casa do Dr. Coppélius, em uma vila da Cracóvia, aparece uma nova moça, que chama a atenção de Franz, um belo jovem da vila.

Mal sabe ele que Coppélia, a moça que não lhe dá atenção, é apenas uma boneca, e Swanilda, sua noiva, já sabe que ele está galanteando a moça-boneca.

Durante uma festa da vila, Dr. Coppélius perde a chave de sua casa, que é encontrada por Swanilda. Ela não perde tempo e, junto com suas amigas, entra na casa do misterioso velho, onde encontram muitos bonecos e invenções.

Para a surpresa de todos, descobrem que Coppélia é apenas uma boneca, tão perfeita que parece humana. Mas o Dr. Coppélius entra em casa e as garotas se escondem, sendo que Swanilda veste as roupas da boneca, fingindo ser ela. Nesse momento, Franz está do lado de fora da casa, tentando entrar no quarto de Coppélia com uma escada, pela janela.

Logo, o velho descobre a presença do rapaz e resolve embriagá-lo com vinho para, através de bruxaria, passar sua alma à boneca, dando vida à sua mais perfeita criação. Swanilda percebe toda a trama, e como está vestida de Coppélia, começa a dançar por toda a casa, fazendo uma enorme bagunça e desesperando o pobre Dr. Coppélius, que pensa ter perdido o controle sobre suas invenções.

Quando finalmente consegue despertar Franz, que dormia embriagado, Swanilda mostra a ele toda a verdade, e os dois fogem felizes, dançando.

Dr. Coppélius percebe que foi enganado e fica desolado, abraçado pateticamente à sua boneca.

Na festa de casamento de Swanilda e Franz, diante de tanta felicidade, o velho é perdoado, e ganha de presente o dote de Swanilda para reconstruir tudo que ela havia destruído com sua bagunça.



Coreografia: Arthur Saint-Léon

Música: Léo Delibes

Estréia Mundial: 1870, em Paris.

Romeu e Julieta

São os Montecchio e os Capuletto.

Romeu e seus amigos Mercúcio e Benvólio costumam freqüentar uma praça, onde sempre arrumam brigas com Teobaldo e seus amigos. Numa dessas brigas, o príncipe presencia tudo e adverte os jovens, para que a rixa entre eles tenha fim. Procurando mais confusões, Mercúcio incentiva Romeu e seus amigos a entrarem em uma festa dos Capuletto usando máscaras, onde, mal sabem eles, começará a maior de todas as brigas.

Romeu e Julieta se aproximam, e sem saber quem realmente são, se apaixonam. E assim eles descobrem que haviam se apaixonado pelo inimigo de suas famílias. Mesmo sabendo disso, Romeu declara seu amor e os dois prometem não deixar a inimizade de suas famílias destruir esse grande amor.

Os dois recorrem ao Frei Lourenço, que apesar de adverti-los quanto à desobediência às suas famílias, realiza o casamento, persuadido pelo amor sincero que Romeu e Julieta sentem um pelo outro. Logo após a breve cerimônia Teobaldo aparece na praça e as brigas começam novamente. Romeu tenta acalmá-los e evitar a luta, mas nesse momento Teobaldo fere Mercúcio mortalmente. Romeu parte para cima do primo de Julieta e vinga seu melhor amigo.

O príncipe fica sabendo da triste conseqüência das brigas e expulsa Romeu da cidade, dando-lhe o prazo de ir embora até o amanhecer. Julieta fica muito abalada ao saber da morte de seu primo, mas sabendo de toda a história, perdoa Romeu.

Sua ama permite-lhes terem sua noite de núpcias, escondido dos pais de Julieta, e antes que Romeu vá embora. Ao amanhecer, Romeu foge escondido do quarto de Julieta enquanto a Sra. Capuletto vai ao encontro da filha para anunciar que seu pai já havia escolhido um noivo para ela. Julieta se desespera e procura a ajuda de Frei Lourenço.

Este, sabendo que a jovem não pode violar os votos do matrimônio, dá a ela uma poção que a fará ficar com aparência de morta durante algum tempo, para que Romeu a encontre em seu túmulo e fuja com ela.

Julieta toma a poção e o padre envia um mensageiro a Mantra, onde está Romeu, para avisá-lo de toda a farsa. Pela manhã, quando a ama vai acordar a garota, encontra-a “morta”.

A notícia se espalha, e chega a Romeu antes do mensageiro enviado por Frei Lourenço. Desesperado, ele compra um veneno e vai ao túmulo da amada, encontrando-a morta.

Sem perceber que tudo não passava de uma mentira, Romeu toma todo o veneno, caindo morto ao lado dela. Julieta acorda, e, encontrando seu marido morto, toma sua espada e se mata a seu lado.

Depois de toda a tragédia, as famílias Montecchio e Capuletto se unem na dor e decidem se perdoarem dos antigos ódios e rivalidades.


Coreografia: Leonid Lavrovsky

Música: Sergei Prokofiev

Romeu e Julieta. Duas famílias, na cidade de Verona, nutrem uma grande inimizade entre si.

Esmeralda




Estamos no século XV, no Pátio dos Milagres, em Paris. Ao entardecer, os mendigos encontram-se numa algazarra geral, sob a presidência de Clopin. O poeta Pierre Gringoire é trazido à sua presença.

Os outros o revistam, e como só encontram um poema em seus bolsos, ficam irritados. Clopin condena Pierre à morte.

Dá-lhe, contudo, uma opção: se encontrar uma mulher que queira desposá-lo, será livre. Porém, ninguém se apresenta. Nesse momento, entra a cigana Esmeralda, que se compadece da situação de Pierre e

concorda em casar-se com ele.

Claude Frollo aproxima-se de Clopin e confessa seu amor por Esmeralda. O chefe concorda em ceder-lhe a cigana, e Claude declara-se a ela.

Claude chama Quasímodo, o sineiro da igreja de Notre Dame, para ajudá-lo a pegar Esmeralda.

Os dois se atiram sobre a cigana. Nesse momento, entra um policial com o capitão Phoebus à frente. Claude consegue fugir, mas Quasímodo é preso. Esmeralda e Phoebus trocam olhares, e a jovem lhe conta sua vida. Ela intercede pelo corcunda e consegue sua libertação, fugindo dos beijos e abraços do capitão e levando consigo sua faixa.

Esmeralda entra em seu pequeno quarto, pobremente mobiliado, segurando a faixa de Phoebus. Com o olhar perdido, forma o nome do capitão com umas letras na mesa.

Entra Pierre Gringoire, o poeta, julgando que aquele abandono da cigana signifique amor por ele. Tenta agarrá-la mas ela se livra, apanha um punhal e o ameaça, dizendo que só o desposou por piedade.

Pierre sai, decepcionado. Aparece Claude, com Quasímodo. Ele declara seu amor a Esmeralda, mas logo vê o nome de Phoebus na mesa. A jovem foge. Claude sai atrás dela, mas cruza com Pierre e tenta apunhalá-lo.

É detido por Quasímodo, que jura vingar-se de Phoebus. No jardim da mansão de Gondelaurier, são feitos os preparativos para o casamento de Fleur de Lys e Phoebus.

Entra o noivo, que beija, indiferente, sua mão. O capitão demonstra seu sentimento, o que enfurece a noiva, principalmente depois que ela vê a faixa de Phoebus com a cigana. Fleur de Lys arrebata a faixa de Esmeralda, mas cai no chão desmaiada.

Enquanto é levada para casa, o poeta protege a saída de Esmeralda. Phoebus os segue.

É noite. Em um aposento de uma taberna, com uma janela que dá para o rio, entra o chefe Clopin, seguido por Claude, com um archote na mão para iluminar o caminho. Clopin indica um esconderijo e Claude entra ali com um punhal.

Tempos depois chegam Phoebus e Esmeralda. O capitão pergunta à jovem como é que ela pode amar dois homens ao mesmo tempo. Tomando uma pluma e soprando-a, ela responde que seu amor é como uma pluma ao vento.

Com ciúmes, Claude salta sobre os dois com o punhal na mão. Phoebus puxa Esmeralda para um quarto. Ouve-se um tiro e a queda de um corpo. Claude sai correndo e salta pela janela. Esmeralda desmaia.

Clopin invade o recinto, seguido por outras pessoas e acusa Esmeralda de assassinato.

A cigana é presa, apesar de seus protestos. Segurando uma rosa, ela dança como em um sonho.

Aos poucos, tudo vai se acabando. O espectro da rosa sai pela janela, a moça acorda, percebe que tudo não passou realmente de um sonho.



Balé em três atos e cinco cenas

Coreografia: Jules Perrot

Música: Cesare Pugni

História: Jules Perrot

Estréia: 1844, no Teatro de Sua Majestade, em Londres.

Harlequinade

É o pico do carnaval de Veneza, um dia que vinha apenas uma vez um ano. Colombina está no balcão de sua casa, prestando atenção à agitação das preparações finais para as festividades.

Após fugir da casa, ela desaparece na multidão mascarada de farrista dançando. O pai Colombina, Cassandre agarra-a pela mão e tenta impedir que ela se junte à celebração.

Ela tem que esperar seu noivo, o mercante rico Leandre. Cassandre determina que Colombina se casará com Leandre.

Entretanto, Colombina está apaixonada pelo simples e bom de coração, Harlequin, e opõe-se ao plano de seu pai a casar-se com Leandre. Cassandre trava a porta e ordena que seu empregado Pierrô não dê a chave a ninguém.

Com um beijo, ela consegue pegar a chave de Pierrô. O bom de coração de Colombina, Harlequim e seus amigos que não poderiam encontrá-la no carnaval, vêm à casa e cantam um linda serenata à Colombina. Pierretta abre a porta para Harlequin, e Harlequin e Colombina têm finalmente uma possibilidade de compartilharem juntos alguns momentos felizes.

Cassandre retorna para casa e encontra Colombina nos braços de Harlequim, e ele fica muito irritado. Ele encontrou um noivo maravilhoso para sua filha e determina que ela se case com o homem que ele escolheu.

Cassandre ordena que seus empregados retirem Harlequin da casa, e ordena-os mais uma vez que Colombina não saia de casa. Harlequin pensa como tirar Colombina da casa e salvá-la, e de como conseguir a permissão de Cassandre para casar-se com ela.

A rainha do carnaval, Fierina, chega na praça da cidade e pergunta com mágoa por Harlequin, “porque você chora no meio do carnaval?” Ele conta sua triste história a Fierina, e ela oferece ajudar-lhe. Convida-o a juntar-se aos soldados que a acompanham. Entretanto, uma figura cômica que carrega um bandolim aproxima da casa de Cassandre. Nada mais é do que Leandre, quem Cassandre escolheu para casar-se com Colombina. Ele veio tentar atrair a atenção de Colombina com uma serenata.

Suas raras tentativas de romance não trazem nada mais do que risos de Colombina. Mas Colombina tampa as suas orelhas, e redobra sua determinação para encontrar uma maneira se escapar do balcão.

Neste momento, os empregados avisam que um importante visitante chegou. O convidado de Cassandre é Fierina, rainha do carnaval. Fierina pergunta a Cassandre se ele arranjou um casamento para sua filha.

Cassandre traz o noivo de Colombina, Leandre, mas Colombina expressa sua objeção à escolha do seu pai, dizendo que está apaixonada por Harlequin.

Cassandre diz que não pode consentir o seu casamento com Harlequin porque ele não tem nada. Fierina informa-o que Harlequin recebeu uma grande herança. Harlequin carrega uma grande caixa de jóias. Cassandre se surpreende e insultado Leandre começa a brigar com Harlequin. Harlequin ganha a luta. Agora não existe nenhum obstáculo à felicidade de Colombina.

Os dois amantes oferecem sua gratidão a Fierina e o carnaval continua.



Música: Riccardo Drigo.

Figurino: Galina Solovieva.

Ballet em 3 atos e cinco cenas.

1ª apresentação: Teatro de Hermitage de São Petersburgo, em 10 de fevereiro de 1900.

Paquita


Estão sendo realizados preparativos para uma festa que Dom Lopez oferecerá ao general francês. Este pega a mão de Dona Serafina, filha do governador, e a coloca na de seu filho Lucien. Não há uma aprovação amorosa.

Paquita aparece. Retira-se para um canto e olha para uma miniatura, que tirou do seio, e acredita representar seu pai.

Inigo manda Paquita passar o chapéu, o que a jovem faz de má vontade. Ao ver Lucien, ambos se sentem atraídos. Inigo ordena que Paquita dance mas ela se recusa.

Quando Inigo vai bater na moça, Lucien impede. Sem ser visto, Inigo roubara a miniatura de Paquita.

Esta fica transtornada quando dá por falta da miniatura e acusa Inigo. Lucien quer prendê-lo, mas o governador intervém.

Ficando a sós com Inigo, combina com o chefe cigano a matar Lucien e usar Paquita para atrair Lucien a uma armadilha.

Lucien propõem que a Paquita que fuja em sua companhia, mas ela recusa.

Em seguida, entra Dom Lopez com seus convidados. O governador anuncia a partida dos franceses. Lucien diz que irá mais tarde, pois terá de comparecer a uma festa dos ciganos em sua homenagem.

Paquita está sonhando com Lucien. Ao ouvir passos, esconde-se.

Entram Inigo e o governador, envolto em longa capa. Os dois combinam a morte de Lucien, colocando, antes, um narcótico em sua bebida. Quando o governador se retira, Paquita dá um passo em falso e é surpreendida por Inigo. Mas a jovem diz que acabou de chegar.

Entra Lucien e pede abrigo a Inigo, que concede. Paquita avisa ao jovem francês, por sinais, que ele corre perigo. Inigo sai com Paquita para preparar a refeição.

Sozinho, Lucien se dá conta de que está trancado e sem a espada. Durante a ceia, Paquita vai avisando Lucien se pode ou não beber o vinho. Quando é servido o vinho drogado, Paquita deixa cair os pratos e, na confusão, troca os copos. Inigo logo depois adormece.

Paquita avisa Lucien que está chegando a hora. Soa a meia-noite. Paquita e Lucien agarram-se à parede que, girando sobre seu eixo, os leva para fora, ao mesmo tempo deixa entrar os bandidos, surpreendidos ao encontrarem apenas Inigo adormecido.

O Conde d’Hervilly entra com o governador, a futura nora, e sua mãe, a Condessa. De repente, entram Paquita e Lucien. Este relata tudo o que se passou e diz que a cigana salvou sua vida. Olhando para o governador, Paquita diz que foi ele quem tramou com Inigo a morte de Lucien. O conde manda prender Dom Lopez e toda a sua comitiva. Depois, tirando a miniatura do seio - que recuperara de Inigo, quando este adormecera -, Paquita a compara com um retrato na parede, e diz que é seu pai.

O conde lhe diz que aquele retrato é de seu irmão que morrera no Vale dos Lobos numa cilada cigana. Paquita entende tudo; fora a única sobrevivente do massacre e seqüestrada por Inigo. O general francês abraça a sobrinha, e a Condessa leva-a para se vestir dignamente. O baile prossegue. Paquita retorna a dança que serve de prelúdio para o conjunto final.



Libreto de Paul Foucher e Maziilier

Música: Deldevez

Coreografia: Mazilier e Marius Petipa .

Estréia no Teatro Royal de Música, em 1º de abril de 1846.

O Corsário









Num lugar muito distante existia uma ilha habitada por um violento bando de piratas que viviam de aventuras no mar, liderados pelo poderoso e temido chefe Conrado, o Corsário.

Para celebra o casamento do chefe pirata com a bela e fascinante Medora, o grupo organizou uma grande festa onde todos se divertiam bastante: comendo, bebendo e dançando o quanto podiam. Todos estavam muito alegres até o momento em que a tristeza toma conta do coração do noivo, quando se lembra que naquele mesmo dia deverá partir para o mar com seus homens, deixando a noiva em lágrimas, já cheia de saudade.

O grupo de piratas parte para o outro lado do mundo pensando em atacar o harém de paxá Seyd, rico e temido soberano que gasta seu carinho e riqueza cobrindo de jóias sua jovem favorita Guinara, que lhe obedece sempre, mesmo sem ter muito amor por ele.

Um dia, quando os dois estão juntos trocando carícias e se divertindo com os pajens e dançarinos reais, a tranqüilidade do reino é interrompida pela invasão dos bandidos do mar, que entram no palácio e destroem, tudo à procura de riquezas. Os habitantes da casa real tentam fugir, mas são perseguidos e presos pelos piratas, menos a jovem Guinara que por sua calma e simpatia é respeitada e bem tratada pelo bando.

Ficando ao lado dos piratas e conhecendo melhor Conrado e seus homens, Guinara se apaixona loucamente por aquele jovem aventureiro ao mesmo tempo corajoso, assustador e delicado.

Certos de sua vitória definitiva, os piratas se ocupam nos dias seguintes da arrumação dos tesouros conquistados para voltarem em breve para sua ilha. Desprevenidos e despreocupados como estavam, não ladrões do seu reino e recuperar suas riquezas. Pegos de surpresa os piratas perdem a batalha e o chefe Conrado é preso e condenado a morte.

Desesperada, com medo de perder o seu grande amor, Guinara aproveita um momento de repouso de Seyd e o apunhala mortalmente. Percebendo que havia morto o poderoso Paxá, a moça se dirige cuidadosamente. Às escondidas, até a cela onde Conrado estava trancado e os dois conseguem fugir juntos para a ilha dos piratas.

Depois de uma longa e perigosa viagem, lutando contra o mar revolto e as tempestades, o casal consegue chegar às terras onde a muito tempo atrás Conrado deixara seus amigos e sua noiva.

Por causa da demora da viagem dos piratas e falta de notícias, todos pensaram que Conrado e seu bando haviam morrido e jamais voltariam. Medora, a noiva deixada no dia das bodas, certa da morte do noivo, não se conforma e morre de tristeza.

Chegando à ilha, o chefe fica sabendo de tudo que se passara na sua ausência e a atitude tomada pela pobre Medora enche de pena o coração de Conrado fazendo renascer o seu amor pela moça. Desesperado, procura seu corpo sem vida e o abraça por muito tempo. Nada mais volta a interessá-lo, nem Guinara, nem seus companheiros, nem as aventuras no mar. Foge de tudo e de todos, vai embora para longe e sozinho se atira do penhasco mais alto da ilha, na esperança de encontrar de novo sua antiga amada em outra vida.

Ballet em 3 atos e 5 cenas

Coreografia: Giovanu Galzerani / Mazilier / Jules Perrot

Música: Adolpho Adam

História: Lord Byron